É comprovada que a lesão hepática induzida pelos esteróides é a colestase (com ou sem lesão hepatocelular), existe somente um caso na literatura e necrose hepatocelular com uso de AAS(1).
Vamos explicar melhor essa colestase:
São distúrbios que resultam de disfunção hepatocelular ou obstrução biliar intra-hepática
(principal no uso de AA) ou extra-hepática. Ocorre acúmulo de pigmento biliar dentro do
parênquima hepático, ruptura dos canalículos biliares (resultando em extravasamento de bile) e acúmulo de gotículas de pigmento biliar dentro do hepatócito (ocorre degeneração espumosa). A colestase obstrutiva prolongado, além da degenreação espumosa dos hepatócitos, acarreta destruição focal do parênquima (dando origem aos chamados lagos biliares, cheios de resto celular e pigmento) e fibrose dos tratos portais, que inicialmente não afeta a arquitetura hepática (ainda passível de regeneração) porém, em estágio terminal, produz um fígado cirrótico corado de bile (cirrose biliar).
A silimarina, foi capaz de reduzir a lesão induzida pela colestase em diversos estudos(2). Além disso ela tem também, o poder de prevenir ou diminuir o desenvolvimento de um câncer prostático(3)
Paralelo a isso, a colestase leva, como comentado acima, a um aumento de sais biliares hidrofóbicos que levam a formação de radicais livres derivados do oxigênio no fígado. Esse acúmulo de RL provoca um stress oxidativo hepático (principalmente o processo de peroxidação lipídica) que lesa as membranas celulares dos hepatócitos e provoca extravasamento de seu conteúdo.
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